Mark, 27 anos, Fisioterapêuta, estudante de medicina, aspirante a fotógrafo e mochileiro desde que nasci. Preguiçoso mas dedicado, inteligente e burro. De bem com a vida exceto de manhã cedo. Viajante, apreciador do Mundo e seus habitantes, em todos seus aspectos. Luto pelo que quero enquanto quero ou enquanto tenho forças. SEMPRE vejo um lado bom nas coisas. Sentido desse blog: dividir experiências que tenho o privilégio de ter. Sentido da minha vida: Vivê-la de todas as maneiras possíveis, tentando sempre criar um mundo melhor (clichê, mas é verdade). O sentido DA vida: Não sei, mas se descobrir eu prometo que vou postar aqui.

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quinta-feira, fevereiro 28, 2008
O canto de Chicuque / The chants of Chicuque

A viagem ate aqui foi longa, mas agora que cheguei, realmente parece que estou no lugar certo na hora certa. Depois da viagem de SP pra Johannesburgo, de la para Maputo, e de la pra Chicuque numa longa viagem de carro, finalmente chegamos na pequena hospedaria do Hospital Rural de Chicuque.

Hoje foi nosso primeiro dia trabalhando no hospital, que apesar de razoavelmente bem equipado de remedios e equipamentos (considerando que estamos na Africa), o grande problema e' a falta de pessoal qualificado. Ha anos nao viam um fisioterapeuta formado, e medicos cirurgioes so aparecem em equipes de voluntarios como a nossa.

Sinto ja o peso que nosso trabalho vai ter. Hoje ja foram 4 cirurgias. Fiz uma reducao de fratura hoje (apos consulta aos livros) e ensinei a tecnica aos enfermeiros daqui. Nunca vou saber se fiz exatamente como deveria... mas sei que fiz o melhor que pude... e que, infelizmente, era o melhor que essas pessoas poderiam receber agora.

Depois de um longo dia no hospital me sentei na praia, vendo os barcos trazendo os peixes que eram negociados em meio a gritos. Ao acabarem-se os peixes, fui presenteado com o canto dos pescadores mocambicanos, celebrando mais um dia de sobrevivencia contra o mar, e as pescas fartas. Pensativo, me juntei a eles em silencia, celebrando calado a vida e todos os presentes que ela me deu.

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The trip to this point was long, but now that I am here, it really seems that I am at the right place at the right time. After the trip from Sao Paulo to Johannesburg, and from there to Maputo, there was still a very long drive from there to the little guest house at the Chicuque Rural Hospital.

Today was the first day working at the hospital, which despite being surprisingly well equipped with medicines and medical equipmente (considering we are in Africa), the real problem was the lack of specialized personnel. It had been years since they had last seen a real physical therapist, and surgeons only come by on volunteer groups such as ours.

I already feel the strength of our work here. We perfomed about four surgeries today and I instructed a few nurses on a few techniques that are a little more recent than those they knew. I'm not sure if I had the best techniques to show them, but, perhaps unfortunately, I was the best available for the job right now.

After a long day at the Hospital, I headed down to the beach and sat a bit, watching the fishing boats coming back with the fish that were negotiated amongst a lot of screaming. After all the fish were gone, I got the gift of listening to the fishermen's chants, as they celebrated another day of survival at sea and a productive catch. I joined quietly, giving thanks in silence for life and all the gifts it has brought me.

2:35 PM | 3 comments


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